A verdadeira sabedoria é nunca desanimar com a desgraça
Interessante! Esta fala, retirada de um filme que apanhei quando fazia zapping pelos 40 canais de tv, e de que logo me desinteressei, veio-me hoje à memória a propósito de um episódio dramático que levou à urgência hospitalar de alguém próximo.
De facto, não desanimar é o último dos problemas, quando somos confrontados com uma desgraça. Primeiro, há que lhe fazer face e aqui surgem as primeiras surpresas. Pessoas calmas, ponderadas, portadoras de um senso comum de fazer inveja aos mais "astronautas", não raras vezes se descontrolam totalmente, quase desmaiam, não raciocinam, ficam viradas do avesso; outras há que no dia a dia são picuinhas, problemáticas, exageradas nas reacções a situações corriqueiras do dia a dia e perante uma desgraça ficam 100% focadas na resolução e encaminhamento de tudo o que requer decisão imediata, pragmáticas - parece até que o cérebro designou um neurónio extra e exclusivo para a resolução daquele caso.
É claro que embora encarando de forma menos dramática uma desgraça nada nos diz que não desanimaremos ao 2º, 3º ou 30º dia. Tudo depende das reservas emocionais que tenhamos acumulado, inconscientemente, e do suporte familiar e amigo que soubemos consolidar para uso futuro.
Aqui fica a primeira pequenina reflexão no blog que esteve a "marinar" quase ad eternum e que passará a registar amiúde proselitismos do género.
